SPED ainda é mistério para maioria das empresas

por Gilvânia Banker | JORNAL DO COMÉRCIO/RS

A nova demanda determinada pelo fisco, como a geração de dados digitais das duas contribuições federais, o PIS e a Cofins, ainda gera dúvidas e inseguranças por parte de empresários e contadores. O técnico em contabilidade, coordenador da Comissão de Estudos de Tecnologia da Informação do Conselho Regional de Contabilidade (CRC/RS), Ricardo Kerkhoff, entende que a principal dificuldade com relação a esses novos modelos de informação é puramente conceitual. “É uma mudança de paradigma que se constituiu durante muitas décadas, em que o empresário realizava as operações de sua empresa sem a menor preocupação com a legislação em vigor”, comenta o especialista.

O Sped Fiscal é um arquivo digital que contém um conjunto de escriturações de documentos fiscais com informações importantes para o fisco que deverá substituir outros controles. O Sped Contábil é a substituição da escrituração em papel pela Escrituração Contábil Digital.

Nos últimos tempos, de acordo com Kerkhoff, em virtude dos novos modelos de fiscalização associados ao avanço tecnológico, as ações são cada vez mais monitoradas, planejadas, avaliadas e previstas. Ele observa que a falta de proatividade dos profissionais da contabilidade acaba prejudicando o seu próprio trabalho. “Nossa atuação precisa estar cada vez mais dentro da empresa, se fazendo presente em cada nota fiscal emitida, em cada produto novo cadastrado, em cada mudança de legislação ocorrida”, recomenda. Para ele, as novas demandas por parte do fisco estabelecem uma espécie de “divisor de águas” sobre o passado e o futuro das relações entre empresários e profissionais contábeis.

Para o advogado tributarista, sócio do Cabanellos Schuh Advogados, Rafael Nichele, as empresas ainda têm dificuldade de lidar com os Speds, pois esses sistemas representam uma novidade para a maioria dos contribuintes. Segundo ele, as instituições têm procurado investir em acompanhamentos especializados para o preenchimento das obrigações acessórias e, principalmente, a interpretação da legislação tributária antecipando-se a eventuais divergências com o fisco.

“As empresas estão inseguras”, diz o advogado. Ele acredita que os problemas poderão se iniciar, num segundo momento, quando a Receita Federal do Brasil começar a revisar os arquivos dentro do prazo de cinco anos conforme estipula a legislação. “Neste período, as instituições vão saber, efetivamente, mediante o recebimento de autos de infração, se as informações por elas transmitidas estavam incorretas”, salienta. Mas, para que não haja surpresas futuras, Nichele recomenda que os gestores busquem se especializar para que as informações prestadas sejam corretas e não gere autuações ou multas milionárias.

As dificuldades, conforme Nichele, também passam pela complexidade tributária. A legislação do PIS/Cofins não cumulativo, por exemplo, já sofreu mais de 80 alterações nos últimos meses. “É praticamente impossível os empresários acompanharem tantas alterações”.

Pesquisa demonstra insatisfação dos empresários

A Fiscosoft, empresa especializada em informações fiscais e legais, realizou um estudo com 1.188 empresas brasileiras e demonstrou que 96,3% dos pesquisados necessitam aplicar mais recursos, tais como horas de profissionais, sistemas, consultoria externa, para cumprir com as obrigações tributárias exigidas pelo fisco com o Sped.

Um dos objetivos dos Speds é a economia com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias. No entanto, 59,7% afirmaram que essa redução não ocorrerá, pois não acreditam que, no futuro, será possível cumprir as obrigações acessórias com menos recursos. Ou seja, mesmo que haja uma fase de transição, a maioria entende que o sistema continuará consumindo mais recursos.

Porém, com relação a melhorias na gestão e controles internos, 79,3% dos entrevistados afirmaram que o Sped trouxe, de fato, benefícios para as empresas. A diminuição da concorrência desleal é também uma das promessas do Sped, e 75,1% dos entrevistados acreditam que isso acontecerá em decorrência da transparência e maior facilidade na fiscalização por parte do fisco, evitando assim sonegação fiscal.

Apesar disso, o estudo também concluiu que, apesar do aumento de custos, o Sped é positivo para o País, com mais de 90% das respostas.

Altos custos e aperfeiçoamento são necessários no processo

Além da complexidade do Sped, há um custo agregado que depende do volume gerado. Para os estabelecimentos que possuem poucas informações é mais simples e, portanto, o investimento também é menor. Segundo o coordenador da Comissão de Estudos de Tecnologia da Informação CRC/RS, Ricardo Kerkhoff, alguns casos são resolvidos com um custo de aproximadamente R$ 3 mil ou R$ 4 mil. No entanto, em empreendimentos com maior volume de informações e, naturalmente mais complexos, os investimentos se iniciam com a capacitação e treinamento de pessoas, passando por atualização de parque tecnológico e, por vezes, mudança de sistemas. O cálculo, nesses casos, pode chegar até R$ 200 mil.

Os empresários, no entanto, são os principais responsáveis pela geração e entrega das informações, pois eles precisam assinar digitalmente ou passar uma procuração para o profissional da contabilidade. Portanto, Kerkhoff observa a necessidade de aperfeiçoamento de todos os envolvidos no processo.

Erros e divergências são comuns na transmissão dos dados

Outra pesquisa realizada em 2012 pela Prosoft Inteligência Contábil e Proximidade mostrou que 98% dos dados enviados pelo Sped à Receita Federal do Brasil (RFB) não seguiram as regras da entidade, causando erros ou divergências de informações. A constatação faz parte de levantamento feito pela área fiscal da empresa entre seus clientes.

De acordo com o diretor de análise tributária da Prosoft, Igor Garrido, as instituições estão enviando as informações para a Receita sem observar as divergências de números ao longo de todo o processo. Além disso, além do acréscimo de detalhes exigidos no Sped, os gestores precisam enviar as informações também via Fcont, sistema que será substituído pelo digital.

Para Garrido, é necessário uma maior conscientização dos empresários e contadores para entenderem que a contabilidade mudou e a integração desse profissional com a empresa deve ser cada vez maior. “Somente quando a Receita começar as autuações a consciência fiscal aumentará”, diz o diretor.

A apuração do PIS e da Cofins para as empresas do lucro presumido foi entregue em abril. No final de junho será a vez daquelas enquadradas no lucro real. Garrido aconselha que os empresários invistam em um bom software que traduza os dados e em qualificação de pessoal.

De acordo com dados da Prosoft, o volume de dados fiscais e operacionais enviados por cada empresa em ambiente eletrônico para a Receita aumentou 23 vezes, desde a implementação gradual do Sistema Público de Escrituração Digital, ao longo dos últimos cinco anos. As despesas com computadores, sistemas e, principalmente, mão de obra só têm aumentado, segundo apontam as pesquisas.

O contador lançava manualmente o total das notas escrituradas. Hoje, ele importa os dados, em ambiente eletrônico, de cada produto comprado ou vendido pela empresa e a sua respectiva tributação (ICMS, IPI, PIS, Cofins). “O resultado é que a base de dados enviada à Receita passou de um gigabyte para 23 gigabytes”, afirma o diretor Garrido.

Quando digitalizados, os dados podem ser acessados pelo fisco federal e também estadual, portanto, quanto maior o número de informações enviadas em ambientes eletrônico, mais potente deverá ser o servidor. De acordo com o sócio do Tax Technology Group (TTG) da KPMG, Marlon Custódio, o processo exigido pela Receita Federal do Brasil (RFB) permite avaliar as movimentações de saída das notas fiscais que não foram tributadas e identificar possível sonegação fiscal.

Já para as entradas referentes aos créditos serão avaliadas as operações entre estabelecimentos, ou seja, serão realizados cruzamentos com as NF-e que se encontram no site de dados da RFB. “O maior cuidado que as empresas devem ter diz respeito à linha do tempo referente à tomada de créditos e apuração dos débitos, ou seja, a RFB poderá analisar as operações graficamente identificando possíveis oscilações significantes”, comenta.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/

Transcrito do Site de Roberto Dias Duarte. http://www.robertodiasduarte.com.br/sped-ainda-e-misterio-para-maioria-das-empresas/

Entenda as diferenças entre as Notas Fiscais eletrônicas de produto e serviços

por Maicon Klug*

O modelo de emissão eletrônico vem sendo adotado no Brasil desde 2008, tendo como pioneira a já conhecida Nota Fiscal eletrônica (NF-e). Agora a nota da vez é a NFS-e, a Nota  Fiscal de Serviços eletrônica, que vem sendo exigida por mais de 300 municípios em todo o  Brasil.

Cada vez mais as empresas estão se habituando ao modelo eletrônico de emissão dos documentos fiscais. Já é perceptível, um movimento maior na exploração de todos os recursos e benefícios trazidos pela NF-e. Na parte governamental, as Prefeituras Municipais também estão entrando nesse contexto, prova disto é o grande número de cidades que estão implementando a NFS-e – Nota Fiscal de Serviços eletrônica.

Atualmente já são cerca de 300 cidades com o modelo eletrônico implantado e a tendência é que até final deste ano já tenham mais de 400. A evolução no número de Prefeituras trouxe também um aumento nos modelos de comunicação entre o sistema de gestão municipal e os softwares dos contribuintes. Há muitos fornecedores de soluções de gestão pública, entretanto não há um modelo padrão de integração.

Diferenças nos modelos de integração

Na NF-e o contribuinte encaminha para a Secretaria Estadual os arquivos eletrônicos para autorização. Para todos os estados há um modelo padrão, o que facilita o processo para as empresas de desenvolvimento de software e para os contribuintes. Caso a empresa possua filiais em mais de um estado, o layout do arquivo da NF-e continua o mesmo.

Já na NFS-e a comunicação é feita com a Prefeitura e não há um padrão adotado por todas elas. A ABRASF desenvolveu um modelo conceitual para o desenvolvimento da Nota de Serviço eletrônica e muitas Prefeituras o adotam. Mas se trata de um modelo conceitual, na prática cada município possui suas particularidades, o que acaba gerando diferentes padrões técnicos de integração. Diferentes layouts, diferentes webservices. Essas diferenças geram certa “dor de cabeça” para desenvolvedores de software e contribuintes.

Além dos padrões desenvolvidos internamente por cada Prefeitura, há outras empresas que fornecem softwares de gestão pública e que possuem diferentes modelos de integração.  Para empresas de software que atendem clientes em muitas cidades e para empresas que possuem inúmeras filiais/franquias, integrar com cada município é uma barreira a ser vencida.

Posso citar aqui pelo menos 20 modelos existentes: WebISS, Betha, ISSintel, GINFES, IPM,  DSFNET, ISS. Net, Simpliss/GDN, E – Governe, Tiplan, Governo Digital, ISISS, Equiplano, Abaco, ISS Web, Prodam (São Paulo), Curitiba (derivação ABRASF), Rio de Janeiro (derivação  ABRASF), Belo Horizonte (derivação ABRASF) e Salvador (derivação ABRASF).

Diferenças gerais entre a NF-e e NFS-e

De forma bem simples, vou relacionar aqui algumas das principais diferenças entre a Nota  Fiscal eletrônica e a Nota Fiscal de Serviços eletrônica e explicar cada uma delas.

Layouts de integração

NF-e: Possui uma abrangência maior de informações, pois precisa atender a todos os ramos de atividades, inclusive serviços. Tem a vantagem de ser um padrão único em qualquer estado.

NFS-e: Possui um layout simplificado, mas as informações são variáveis de acordo com a necessidade do município.

Geração das notas

NF-e: É gerada pelo sistema do contribuinte, assinada digitalmente e transmitida para a  Secretaria de Fazenda Estadual. A SEFAZ valida as informações e concede a autorização de uso.

NFS-e: Existe a figura do RPS (Recibo Provisório de Serviços). O sistema do contribuinte gera o RPS e transmite para a Prefeitura. A Prefeitura transforma o RPS em NFS-e e disponibiliza o arquivo XML para o contribuinte. Nesse processo, há modelos que exigem o uso da  Certificação Digital (maioria) e outros que não exigem.

Portal de digitação da Nota eletrônica

NF-e: As Secretarias de Fazenda Estaduais não disponibilizam sistemas web para os contribuintes. Entretanto, há um software gratuito que pode ser baixado no Portal da NF-e

NFS-e: Praticamente todas as Prefeituras disponibilizam um Portal web para a digitação da  NFS-e. Esse modelo é muito útil para empresas que não possuem nenhum software de gestão ou micro empreendedores individuais.

Transmissão das Notas e retorno

NF-e: O sistema do contribuinte transmite um lote de notas para a SEFAZ, que recebe e processa posteriormente. Para obter o retorno da autorização, o sistema do contribuinte faz uma nova consulta na SEFAZ.

NFS-e: As Prefeituras utilizam a mesma sistemática dos ambientes dos estados. Entretanto, há municípios em que o retorno do processamento da NFS-e é dado logo após o envio do lote de RPS, pelo sistema do contribuinte. Desta forma não é necessário efetuar uma nova consulta para identificar o status da nota.

Tempo de processamento

NF-e: Em geral, é muito rápido. Exceções acontecem, mas normalmente o retorno com a autorização (ou rejeição) é obtido em alguns segundos ou minutos

NFS-e: Como é o sistema da Prefeitura que gera a NFS-e, há casos em que ela pode levar até  10 (dez) dias para processar o RPS em Nota Fiscal de Serviços eletrônica.

Solicitações possíveis

NF-e: É possível encaminhar solicitações de autorização de nota, cancelamento e inutilização.

NFS-e: É possível encaminhar o RPS e solicitar o cancelamento. Não há a figura da inutilização, entretanto há a possibilidade de solicitar a substituição.

Prazo para cancelamento da Nota

NF-e: O contribuinte tem até 168 horas para solicitar o cancelamento.

NFS-e: Pode ser variável de acordo com a legislação municipal. Em geral, o cancelamento via sistema pode ser feito até o pagamento do ISS. Alguns municípios permitem o cancelamento também via processo administrativo.

*Maicon Klug é Diretor de Marketing da G2KA Sistemas, empresa especializada no desenvolvimento de soluções para a gestão de Documentos Eletrônicos (Nota Fiscal eletrônica, Nota Fiscal de Serviços eletrônica e Conhecimento de Transporte eletrônico).

Fonte: Assessoria Adove, via correspondência eletrônica

Transcrito do site de Roberto Dias Duarte. http://www.robertodiasduarte.com.br/nf-e-e-nfs-e-entenda-as-diferencas-entre-as-notas-fiscais-eletronicas-de-produto-e-servicos

A Contabilidade nunca esteve tão Gerencial!

por Nelson Henrique Pereira* | ADMINISTRADORES.COM

Acabou! Quem pensava que poderia haver duas contabilidades, agora tem que se adaptar.

Com a criação dos Speds, Contábil, Fiscal, Contribuições, Nfe, entre outros controles fiscais, o empresário se vê obrigado a fugir de certas práticas mágicas para melhorar seu resultado. Hoje é tudo amarrado. E ai daquele que não se adaptar!

Mas olhando para o lado bom, a contabilidade, como nunca, vai ter que ser elaborada dentro dos padrões internacionais, e o profissional de contabilidade também não vai mais ficar ouvindo o empresário achar que ele é o salvador da pátria inventando maracutais para pagar menos tributos. Agora ainda se faz mais necessário a elaboração de Planejamento Tributário bem feito e acompanhado, pois sempre há uma maneira, dentro da lei, para abrandar a carga tributária.

Alguns requisitos citados a seguir para abrandar a carga tributária.

– Pagar certo: Tem gente que pensa que para pagar certo tem que pagar mais tributos. Engano! Pois, através de um bom controle das operações, um cadastro bem feito dos produtos e mercadorias, dentro da correta NCM. Pode sim pagar menos tributos e muito bem protegido pela legislação.

– Treinamento: Todos os dias, todas as horas, em algum lugar está sendo criada ou modificada uma lei tributária, seja ela, federal, estadual ou municipal, ou ainda uma contribuição ou taxa, que venha a influenciar nas obrigações tributárias da empresa. Por essas razões o profissional tem que estar constantemente estudando e e interpretando a legislação.

– Um Bom Sistema ERP: Não dá mais para ficar dando atenção a vários fornecedores de sistemas. Com a amarração citada acima, a empresa deve ter um bom Sistema ERP onde concentre todas as operações em um único banco de dados. Nada de fazer o Fiscal num, a contabilidade noutro, financeiro noutro, o Imobilizado noutro, os Estoque, e assim por diante. Como tudo é amarrado é melhor ter um único sistema que faça tudo. Assim fica mais fácil de administrar as operações.

– Uma Controladoria: A Controladoria é a Contabilidade infiltrada em todos os departamentos da empresa, administrando in loco as operações. Desta forma ela consegue executar o Planejamento Tributário na sua origem, com tempo necessário para ajustar as operações na origem, substituindo, se necessário, documentos com erros de tributos, antes do seu registro efetivo. Isso se torna mais fácil ainda com a Nfe, pois você recebe o XLM da nota antes de receber a mercadoria, ou seja, antes de efetivar a operação.

– Um bom Sistema de Informações: Nada adianta fazer tudo isso, se os interessados não tomarem conhecimento. Cada gestor dentro da sua categoria, deve obter as informações necesárias para sua gestão. A administração deve ter em mãos as informações econômicas e financeiras da empresa, em tempo hábil para ajustá-las ao Plano Estratégico.

Os requisitos acima não se esgotam, tudo que seja prático e operacional deve ser implantado e utilizado de forma que auxiliem na boa administração da empresa, e no melhor entendimento e execução do Planejamneto Tributário.

*Nelson Henrique Pereira é Executivo de Controladoria, com especialização no varejo, supermercados, hipermercados e lojas de departmentos.

Fonte: http://www.administradores.com.br/

Novo Emissor de Cupom Fiscal foi aprovado na Bahia

A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (SEFAZ/BA) informa que foi aprovado no último mês de abril o novo modelo de Equipamento Emissor de Cupom fiscal (ECF), com base no Convênio ICMS 09/09.

Desde 2009 foram feitos diversos testes de hardware e de software que tiveram participação de órgãos técnicos credenciados e de fiscais especialistas em ECF de diversos estados, resultando no ECF com Módulo Fiscal Blindado (MBF), a nova geração destes equipamentos.

Segundo o coordenador da Gerência de Automação Fiscal, José Antonio Costa, entre as novidades, o novo equipamento permite ao consumidor a possibilidade de receber segunda via de cupom fiscal em caso de perda, uma garantia extra para comprovação da compra. O consumidor poderá, também, conferir na internet os cupons fiscais emitidos após cadastro em programa específicos da Sefaz, que já estão em fase de estudos e preparação do ambiente web.

Com mais rapidez no atendimento, o novo ECF imprime o cupom fiscal sem necessidade de esperar conexão e geração do documento fiscal e o Cupom Fiscal Eletrônico pode ser transmitido posteriormente. Como o contribuinte pode integrar o ECF com as soluções de cartões de crédito e de débito, o comprovante de pagamento com cartão é impresso junto com o cupom fiscal, facilitando no atendimento ao consumidor e dispensando o contribuinte de alugar máquinas de cartões, recurso que foi mantido, herdado dos modelos anteriores.

Além disso, o novo ECF apresenta mudanças em sua manutenção. Com um módulo fiscal blindado, as áreas críticas para a segurança, como a placa controladora fiscal, estarão protegidas contra manipulação e adulteração do equipamento, evitando fraudes e prejuízos ao Estado. Qualquer tentativa de violação causa dano irrecuperável ao equipamento, sendo bloqueado definitivamente. Por não precisar de lacres, ser mais robusto e com memória de maior capacidade, o novo ECF sofrerá menos intervenções técnicas, reduzindo custos de manutenção. As intervenções, em sua maioria serão lógicas, realizadas remotamente pelo fabricante. O software básico, antes gravado em dispositivos EPROM, ficará em memória do tipo flash, atualizável sem necessidade de troca, colaborando para a redução dos custos das atualizações das versões.

O equipamento trará também novos recursos de conectividade, como placa de rede, suporte a chip de celular, com a possibilidade de optar pelo meio de transmissão via web ou GPRS/celular e conexão wi-fi (sem fio). Estes recursos permitem a emissão dos dados das vendas em tempo real, diretamente para os bancos de dados da Sefaz, que serão assinados digitalmente pelo fabricante, facilitando a fiscalização.

Todos os equipamentos terão como padrão entrada USB, possibilitando a extração de arquivos facilmente para um pen drive em caso de perda no Banco de dados e de impossibilidade técnica de recuperar arquivos, facilitando, também, a fiscalização de contribuintes para os quais a SEFAZ pode dispensar a exigência de transmissão de arquivos. Uma outra melhoria significativa é o fim do “bitmap” da Redução Z, imagens impressas ao fim do referido documento, no fechamento do caixa, que consumia muita bobina, o que deve gerar mais economia para os contribuintes usuários, tanto em bobinas como em energia.

“O fisco, os contribuintes e os consumidores só têm a ganhar com o novo ECF. A Sefaz-Ba ainda decidirá sobre os prazos para os contribuintes trocarem seus atuais equipamentos pelos novos e o estado de Santa Catarina deve ser o primeiro a estabelecer a obrigatoriedade da atualização do parque de ECF atualmente instalado, já tendo, nesta Unidade Federada, um contribuinte voluntário para uso do novo equipamento.”, explica José Antonio Costa.

Edição: Roberto Dias Duarte com informações da SEFAZ/BA

Transcrito do site de Roberto Dias. http://www.robertodiasduarte.com.br/novo-emissor-de-cupom-fiscal-foi-aprovado-na-bahia/

FISCO ONLINE

Agora PIS e Cofins também são apuradas de forma digital; mudança deu problemas, mas também trouxe soluções.

Natalie Catuogno

 

Depois de uma série de adiamentos e mudanças no que seria exigido de fato, finalmente entrou em vigor para as empresas que operam pelo lucro real, o Sped Contribuições, que vai apurar o PIS /Pasep e Cofins, agora em ambiente Sped (Sistema Público de Escrituração Digital).

As empresas optantes pelo lucro real entregaram, pela primeira vez, esse módulo do sistema em março, informando movimentação referente a janeiro de 2012. Além dos adiamentos, o que chamou a atenção foi a complexidade das informações exigidas e a confusão que cumprir a demanda causou nas empresas.

A primeira mudança significativa é que, antes, quando PIS e Cofins eram auferidos pelo Dacon (Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais), o supermercadista – e demais empresários – informava apenas o valor final da movimentação do período e o valor consolidado, portanto, de créditos tomados e dos débitos.

Agora, com as informações exigidas pelo validador do Sped Contribuições, da Receita Federal, é preciso informar os dados de item por item comprado e vendido, inclusive daqueles que foram isentos desses tributos (com alíquota zero, por exemplo, ou em suspensão).

Outro ponto crítico refere-se à quantidade de dados por item. É preciso informar a origem da mercadoria, incidência de PIS e Cofins (se é cumulativa ou não, crédito presumido, regime diferenciado de tributação), a NCM (que é a nomenclatura geral do Mercosul) pela qual a Receita identifica o produto, sua descrição correspondente, além de uma longa lista de outras exigências. É preciso declarar mesmo os produtos para os quais não haja incidência das contribuições.

“O varejista está tendo de lidar com uma série de informações contábeis, fiscais e tributárias que, antes, passavam despercebidas”, conta Claus Dieter Lindner, diretor de produtos da MegaSul Sistemas, especializada em varejo, que tem acompanhado de perto clientes varejistas às voltas com as novas exigências do Fisco.

Natural, portanto, enfrentar dificuldades nesse processo. Segundo os contabilistas e tributaristas ouvidos pela reportagem, os principais gargalos enfrentados pelo setor para se adequar foram – e ainda são – o cadastro e a correção das informações dispostas nele; os dados referentes à tributação dos produtos e o sistema de retaguarda da loja, que, além de ser “parrudo” o suficiente para dar conta do volume de dados, precisou passar por adequações a fim de armazenar e extrair as informações exigidas pelo Fisco, de acordo com o layout do Sped.

“Nossa primeira dificuldade foi fazer com que nosso sistema de gestão ficasse apto a suprir as necessidades impostas pela Receita Federal”, conta Adilson Weber, gerente de Gestão Fiscal da Coop, rede com 23 lojas no ABC Paulista e no interior do Estado.

Por mais preparados que os sistemas estivessem, foram necessários ajustes tanto nos softwares de retaguarda como nos que controlam a frente de caixa, explica Fábio Alves Izidoro, consultor da Contmatic Phoenix, especializada em softwares de gestão.

Outro ponto sensível: há empresas com sistemas que não são nacionais. Nesse caso, foi ainda mais complicado preparar a retaguarda para o Sped Contribuições, explica Marta Pelucio, professora da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) e sócia da Praesum Contabilidade Internacional.

O cadastro também deu trabalho. Primeiro porque muitas das informações hoje requeridas pela Receita Federal sequer faziam parte dos bancos de dados médios. Segundo porque boa parte dos dados críticos, como a NCM e o regime de tributação, continham, em geral, algum erro.

“A maior dificuldade para os nossos clientes foi justamente corrigir essas informações e fazer ‘bater’ os dados que iam para o Sped com a realidade”, diz Marcos Gomes, diretor da MG Contécnica.

Foi preciso buscar erros e inconsistências no banco de dados e, ainda, criar regras para receber novos produtos de forma a diminuir as chances de os erros reaparecerem. A Coop chegou a contratar uma consultoria externa para ajudar a arrumar o cadastro, que tem 35 mil itens de venda ativos (45 mil contando os comercializados desde cinco anos atrás e 85 mil no total, incluindo aquisições não destinadas à revenda).

“Com a entrada em vigor desse módulo do Sped, qualquer erro no cadastro, especialmente na NCM, compromete a apuração do tributo e as informações vinculadas a isso”, explica Weber, o que pode redundar em gastos desnecessários com o Fisco, por exemplo.

Fernanda Albuquerque, advogada especializada em tributação e diretora administrativa do Supermercado Zattão, loja independente em Pirituba, explica que, com as margens cada vez mais espremidas, a atenção precisa ser redobrada. “Temos alto giro no açougue. Como perdemos recentemente boa parte dos créditos de PIS e Cofins em carnes, não podemos correr o risco de informar uma tributação maior por problemas de cadastro”, diz ela.

No caso da loja dela, cuja informatização vem de longa data (há mais de 20 anos) e cujo sistema estava apto a operar segundo o Sped desde junho de 2011, o foco maior foi para o recebimento de mercadorias.

A empresa definiu que sempre deve haver conferência da mercadoria com base no arquivo digital das notas fiscais dos fornecedores. Cada nova nota digital é importada para o sistema da loja e, na hora, os dados (como a crítica NCM e os preços) são checados e conferidos com os que já constam nos arquivos da empresa. “Qualquer inconsistência é apontada automaticamente, nada fica para depois”, conta Albuquerque.

Outra vantagem desse tipo de cuidado é evitar erro humano na digitação dos dados da nota fiscal do fornecedor no sistema da loja.

Segundo os especialistas ouvidos por SuperVarejo, boa parte dos sistemas de retaguarda já está apto a importar os dados digitais da nota fiscal, seja do arquivo enviado pelo fornecedor, seja diretamente do sítio da Receita Federal.

O primeiro envio do Sped Contribuições, estimam os consultores, ainda esteve longe do ideal, mesmo com toda a preparação a que supermercadistas, desenvolvedores e contabilistas se submeteram.

“Estamos mexendo no nosso cadastro desde janeiro de 2011, a partir de novembro passado começamos a trabalhar mais focados no Sped e, ainda assim, entregamos em março com retificações a serem feitas posteriormente”, conta Weber, da Coop.

A Receita Federal não respondeu, até o fechamento dessa reportagem, no final de abril, o balanço da primeira entrega. Mas consultores ouvidos por SuperVarejo estimaram que boa parte dos empresários (a maioria, na avaliação de alguns especialistas) entregaram a declaração com informações incompletas ou “sem movimento” para, depois, retificar.

“As multas por atraso são pesadas: R$ 5 mil por mês não enviado, cumulativos. Uma empresa que deixe de declarar por 3 meses, por exemplo, vai pagar R$ 15 mil pela primeira declaração atrasada, R$ 10 mil pela segunda e R$ 5 mil pela terceira, totalizando R$ 30 mil”.

Não tem milagre. A solução para a confusão inicial é mesmo “arrumar a casa”. Os especialistas ouvidos por SuperVarejo apostam que, já nos próximos meses, a situação comece a se normalizar. “O percentual de empresas que entregarão, propositalmente, as informações sem movimento deve cair pela metade já em abril. É reflexo das mudanças que já vem sendo feitas tanto nos bancos de dados como nos softwares. Ou seja, o essencial é continuar resolvendo esses dois gargalos”, explica Gomes, da MG Contécnica.

Bônus

Se é certo que a adequação é um ônus da nova legislação, o aumento do controle e da eficiência dos processos é o bônus. Afinal, corrigir os cadastros, ampliar a quantidade e a qualidade de informação disposta nele e melhorar os processos de recebimento, não servem apenas para deixar o Fisco satisfeito.

“Escriturar da forma correta, por exemplo, significa não pagar imposto a mais nem ficar vulnerável a uma autuação. Pagar mal é pagar duas vezes”, avalia Albuquerque, do Zattão. Informações que, antes, ficavam à margem do processo de gestão –ou escondidas em setores muito específicos-, agora ganharam holofotes, pois tornaram-se relevantes para o cumprimento da obrigação acessória do PIS/Cofins.

É o caso, por exemplo, de itens incidentes sobre a folha de pagamento e dos créditos de ambas as contribuições, que ficavam “escondidos”, quando no total mensal declarado pelo Dacon era o que dificultava a percepção de erros e mesmo de gastos desnecessários. “Isso pode melhorar inclusive o provisionamento de pagamento desses tributos, pois como o acompanhamento agora é em tempo real, é possível antecipar valores e se preparar melhor”, diz Lindner, da MegaSul Sistemas.

O professor da FIA, José Carlos de Souza Filho, especializado em tributos, evidencia um outro ganho: a possibilidade de enxergar mais claramente a tributação sobre as perdas e, assim, reduzi-las.

Segundo ele, o governo tributa todos os produtos, mesmo que, por perdas, não tenham sido vendidos. Com a escrituração item por item, vai ficar mais evidente para o varejista essa relação e o peso dela no bolso. “Vai ser preciso ter ainda mais atenção a esse já delicado tema”, avalia.

Menos sonegação, mais arrecadação

O Sped vem sendo implantado em módulos e aos poucos, desde 2009 e tem como principal objetivo tornar totalmente digital a entrega de documentos contábeis e fiscais aos governos municipais, estaduais e federal. Todos os principais impostos incidentes sobre a atividade empresarial estão ou estarão contemplados no Sped.

“O Fisco agora vai poder cruzar dados do Sped Contábil com o módulo do PIS e da Cofins, por exemplo, o que vai tornar mais rápida e mais exata a fiscalização”, diz Luís Aquaroli, consultor tributário e trabalhista da Performance Auditoria e Consultoria Empresarial.

Ele explica que os quatro principais módulos do Sped (Contábil, Fiscal, Contribuições e NF-e, a nota fiscal eletrônica) estão implantados, fechando o cerco para evitar ilícitos. “A partir dessas informações digitais, o governo pretende promover a atuação integrada dos fiscos [municipal, estadual e federal], racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias e tornar mais célere a identificação de problemas”.

Isso porque, com todas as informações em ambiente virtual, não mais em papel, o governo pode, por exemplo, confrontar dados que o empresário tenha declarado por intermédio dos diversos livros contábeis constantes do Sped Contábil com aquilo que ele declarou no complexo balanço do módulo das contribuições.

E não para por aí: é possível buscar inconsistências até mesmo cruzando informações de varejistas com as de seus fornecedores, por exemplo, utilizando-se da NF-e emitida pela indústria e dos dados declarados pelo comerciante.

“O Sped é um histórico de um determinado produto e, consequentemente, das atividades comerciais ligadas a ele. É possível, agora, rastrear toda a cadeia fiscal de um item comparando as informações dos vários módulos do sistema, tanto do varejo como da indústria”, complementa Ulisses Brondi de Almeida Prado, sócio-diretor da Asis Projetos, empresa de inteligência fiscal e contábil especializada em soluções tecnológicas para o Sped.

Com isso, o governo mira no aumento de arrecadação pela diminuição da possibilidade de sonegação, uma vez que cresce cada vez mais a possibilidade de acompanhar as atividades contábeis e fiscais das empresas, explica José Carlos de Souza Filho, da FIA.

Para tanto, outros módulos estão programados para entrar em vigor –caso do E-Lalur, cuja apuração deve começar em 2013, com entrega programada para 2014; e do Sped Fiscal (que apura ICMS e IPI) em São Paulo (como ICMS é um imposto estadual, cada unidade da federação tem regras próprias nesse caso).

Atualmente, mais de 5.500 empresas paulistas, totalizando 19.650 estabelecimentos de diversos segmentos, estão obrigadas ao Sped Fiscal. Juntas, elas respondem por 80% da arrecadação do ICMS estadual, segundo a Secretaria da Fazenda (Sefaz).

A partir de outubro de 2012 deve começar a ser implantado, em seis etapas, um cronograma para a inclusão das empresas paulistas no Sped Fiscal. A previsão da Sefaz é completar essa implantação, abrangendo todas as firmas até janeiro de 2014.

Há, ainda, em nível federal, outros módulos em estudo, especialmente na área da previdência social e dos impostos incidentes sobre a folha de pagamentos.

Retaguarda na linha de frente: gestão mais cara

Com as mudanças ocorridas a partir da implementação de mais um módulo do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital), o EFD (Escrituração Fiscal Digital) Contribuições, serviços de “retaguarda” e apoio, como softwares e contabilidade, viram estratégicos.

Conceitos contábeis e tributários com os quais o supermercadista sequer tinha de lidar são, agora, essenciais para a apuração correta e segura do PIS/Pasep e da Cofins, as duas contribuições abrangidas pelo novo módulo.

Segundo os consultores ouvidos por SuperVarejo, na prática, isso significa, basicamente:

1) Lançar mão de softwares mais robustos, que deem conta do tráfego de informações e que, efetivamente, sincronizem as informações de retaguarda (como estoque e cadastro) com a frente de caixa.

2) Adequar esses softwares às necessidades específicas do Sped e, quando for o caso, incrementar com produtos extras, como o sistema que importa os dados da NF-e diretamente do arquivo “.xml” enviado pelo fornecedor e disponível no sítio da Receita Federal.

3) Sincronizar o sistema da loja com o do contador. É preciso, explicam os especialistas ouvidos pela SuperVarejo, utilizar os mesmos parâmetros do sistema do contador para não haver discrepâncias no processo de importação/exportação de dados.

4) Buscar profissionais contabilistas qualificados para lidar com a complexidade de informações requeridas pelo Fisco, independentemente de a gestão contábil ser terceirizada ou não. O ideal é treinar e qualificar também os funcionários responsáveis pelo cadastro e pelo recebimento das mercadorias.

O problema disso é que, por ideal que seja, acaba redundando em aumento de custos para o varejista. “Há um aumento impulsionado pelo incremento do sistema de gestão e outro pelo contabilista, cujo trabalho se tornou muito mais complexo agora”, explica José Carlos de Souza Filho, professor da FIA especializado em tributos.

Os pequenos negócios, ainda de acordo com os consultores, são os que vão sofrer mais para se adaptar e para manter a apuração via Sped Contribuições (o que significa, por exemplo, evitar erros no cadastro nas novas entradas de dados).

Isso porque, principalmente, os programas mais acessíveis costumam ser menos “parrudos” e oferecer menos chances de adequações. Além disso, são as empresas menores que têm quantidade menor de funcionários. “Os menores, em geral, não tem uma equipe destinada a cuidar apenas desses ‘detalhes’ da contabilidade, nem recursos para investir em um sistema melhor ou em um serviço mais adequado de contabilidade”, alerta Marta Pelucio, professora da Fipecafi.

Fontes

Asis Projetos: (11) 3089-4737

Contmatic Phoenix: (11) 2942-6723

Coop: http://www.portalcoop.com.br/

FIA: (11) 3732-3535

Fipecafi: (11) 2184-2000

Megasul Sistemas: (11) 3774-1492

MG Contécnica: (11) 2575-1800

Performance Auditoria e Consultoria Empresarial: (11) 2539-0632

Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo: (11) 3243-3400

Zattão Supermercado: (11) 3974-7266

Infográfico Sped 360º

Os principais módulos do Sped –agora- já estão em vigor:

NF-e

A Nota Fiscal eletrônica foi o primeiro dos módulos a entrar em vigor, num esforço conjunto entre as secretarias estaduais e a Fazenda nacional. Foi o primeiro passo para o registro digital dos fatos geradores de impostos como ICMS e IPI.

Sped Contábil (ou ECD –Escrituração Contábil Digital)

Substituiu a escrituração física em papel pela digital, criando versões virtuais dos livros: razão, diário, balancetes etc. Serve para acompanhamento patrimonial e também como um dos parâmetros para aferição de impostos como IRPJ, CSLL, PIS e Cofins. Sped Fiscal (ou EFD –Escrituração Fiscal Digital- ICMS IPI) Foi implementado completamente em alguns estados, mas noutros ainda não (caso de São Paulo, que é obrigada ao envio das informações via Sped parte das empresas, não todas ainda). É a base para a apuração de impostos como ICMS e IPI.

Sped Contribuições (ou EFD –Escrituração Fiscal Digital- PIS Cofins)

Recém-implementado para as empresas optantes pelo lucro real, é o mais complexo de todos os módulos, pois exige a entrada de informações item a item comercializado. Serve para ajudar a apurar as contribuições PIS/Pasep e Cofins.

Publicado em por

Transcrito da Revista Super Varejo http://www.supervarejo.com.br/supervarejo/?p=67

 

A importância da gestão energética para o desempenho financeiro do varejo e seu crescimento sustentável

Por  * Halley Mestrinho

Depois de o varejo registrar um aumento nas vendas de 10,9% no acumulado de 2010, o maior resultado desde 2001 segundo o IBGE, e na receita nominal de 14,5%; conhecidas redes varejistas começam a divulgar planos de expansão para esse ano e projeções de crescimento no faturamento que, não raro, ultrapassam os dois dígitos percentuais.

Contudo, esse cenário otimista traz um desafio: conciliar metas comerciais agressivas com a adoção de práticas de negócios sustentáveis, que garantam não apenas resultados financeiros consistentes como também atendam à crescente exigência do mercado por maior responsabilidade sócio-ambiental das empresas.

Neste contexto, o consumo de energia elétrica deve ser um dos principais focos de atenção do setor, dado o seu peso tanto sobre o resultado operacional (tipicamente entre as 5 maiores despesas), quanto sobre os índices de sustentabilidade do negócio (responsável por grande parte das emissões de carbono na cadeia).

Apenas ilustrando, um supermercado com 20 posições de checkout chega a pagar uma fatura de energia média de R$90 mil / mês, o que para uma rede com 10 unidades de porte semelhante representa uma despesa anual superior a R$10 milhões – otimizar esta conta em 10% significa preservar mais que R$ 1 milhão / ano em caixa!

Apesar do setor já estar atento a este potencial, ações de melhoria de desempenho energético ainda não cobrem a maioria das unidades e são tipicamente concentradas em uso conjugado de geradores a diesel (altamente poluentes) e intervenções esporádicas (ex.: upgrades/retrofits de iluminação). Os resultados obtidos muitas vezes frustram expectativas e/ou se perdem com o passar do tempo retornando aos patamares de consumo e despesa originais. Outras ações, como incorporação de fontes renováveis ou migração para o mercado livre, sequer saem do papel por serem consideradas de alto risco.

É necessário abordar o tema de outra forma – sistêmica e continuada. A experiência prática mostra que o sucesso de projetos de eficiência energética depende em grande parte dos seguintes fatores: a) do conhecimento prévio do perfil da loja; b) da capacidade de se projetar cenários que considerem adequadamente as questões regulatórias/tarifárias versus a dinâmica operacional do negócio; c) e por fim, da capacidade de se engajar continuamente os stakeholders (ex.: acionistas, gestores, fornecedores, funcionários) com base em informações acionáveis e transparentes para todos os envolvidos. Em resumo, VISIBILIDADE, INTELIGÊNCIA e COMUNICAÇÃO.

O mercado nacional já conta com soluções acessíveis de monitoração e gestão do desempenho energético, incorporando tecnologia e serviços de valor agregado, que permitem endereçar continuamente os fatores críticos de sucesso acima e proporcionam melhor capacidade de planejamento, mitigação de riscos e perpetuação dos resultados.

Em países como Reino Unido, França e China, as grandes redes já fazem acompanhamentos semelhantes que resultaram em economia de mais de 20% no consumo agregado de energia elétrica. Em uma das maiores redes de varejo alimentar do Reino Unido, intervenções planejadas com base nos dados coletados permitiram, por exemplo, a redução de 75% do consumo de energia em refrigeração, uma aplicação que pode chegar a representar 60% do total da fatura de energia de um supermercado.

Concluindo, o potencial de contribuição da gestão energética para o crescimento sustentável do varejo não é desprezível. Parece óbvio, mas este ponto se perde facilmente na corrida diária por “melhor, mais barato, mais rápido…”. As empresas podem gerar economias significativas e imediatas ao obterem maior visibilidade e controle sobre seu consumo, e ainda melhorar seus índices de sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental.

* Halley Mestrinho possui especialização em General Management pelo Accelerated Development Programme da London Business School (Inglaterra) e é diretor executivo da Smart Energia

Transcrito da Revista CIRCUITO, Caderno COMÉRCIO. http://www2.uol.com.br/circuito/cadernos/comercio.htm

As Luízas do SPED

Artigo de Roberto Dias Duarte*

10/05 – Alguns comemoram, outros lamentam. O decreto presidencial que criou o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) completou 5 anos neste primeiro mês de 2012. Em verdade, é uma legislação relativamente singela que define, basicamente, o que ele é e quem são seus usuários.

Na prática, o que impacta na vida de todas as 6 milhões de empresas brasileiras (e dos 21 milhões de empreendedores “informais”) são os projetos do SPED, ou seja, a Nota Fiscal eletrônica (NF-e), a Escrituração Contábil Digital (ECD) e a Escrituração Fiscal Digital (EFD), entre outros.

Poucos se lembram, mas o SPED nasceu antes mesmo de sua “certidão de nascimento”, o Decreto 6.022, de 15 de dezembro de 2007. A Escrituração Fiscal Digital (EFD) do ICMS e do IPI foi instituída pelo Convênio ICMS nº 143.

Em 14 de setembro de 2006, a primeira Nota Fiscal eletrônica (NF-e) foi emitida e autorizada pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, com validade jurídica.

Além disso, há quase 7 anos o Ajuste SINIEF 07, de 30 de setembro de 2005, instituiu a NF-e no Brasil. De lá para cá, vem ocorrendo um lento e gradual despertar para a maior transformação na forma de gerir empresas já ocorrida na história deste país.

Isso porque o SPED impõe um nível alto de conformidade fiscal e, consequentemente, o uso de ferramentas de governança a todas as empresas brasileiras: legalmente constituídas ou não.

Enfim, enquanto os empreendedores brasileiros comemoram o crescimento das vendas, o que inclui idas de anônimos ao Canadá, que muitas vezes retornam com suas sacolas de compras cheias, o Fisco age, silenciosamente, utilizando todo o potencial informacional das 4 bilhões de notas eletrônicas emitidas.

Cruzando os dados de NF-e com os demais livros fiscais digitais, práticas fraudulentas estão sendo descobertas: meia nota, venda sem nota, venda de produtos com preço muito baixo, pessoas físicas operando como empresas. Enfim, os jeitinhos tributários estão escancarados no mundo digital.

Há muitos que não acreditam. Talvez por não saberem que uma nota eletrônica emitida de forma errada ou fraudulenta poderá ser utilizada para penalizar o emissor e o receptor em, no mínimo, 5 anos. Ou seja, as empresas devem se preparar, hoje, para enfrentar uma auditoria digital, com as técnicas e métodos que possivelmente só veríamos em 2017!

Como disse Isaac Asimov:

“Se conhecimento pode trazer problemas, não é sendo ignorante que poderemos solucioná-los”.

Assim, se algumas empresas enfrentam problemas para adequar-se às exigências do Fisco Digital, a maior parte ainda vive nas trevas da ignorância. Para estas últimas há uma certeza: elas não ficarão no Canadá para sempre.

*Roberto Dias Duarte, professor, escritor e empresário, com MBA em administração de empresas pelo Ibmec. É diretor acadêmico e cofundador da Escola de Negócios Contábeis (ENC)

Fonte: FISCOSOFT

Transcrito do site de Tania Gurgel. http://taniagurgel.com.br/?p=7359

Empresas usam até 2% do faturamento para gestão

Uma pesquisa inédita realizada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) com 309 empresas brasileiras revela que a maioria das entrevistadas (42%) destina até 2% de seu faturamento para programas permanentes de melhoria da gestão. Já 13% das organizações direcionam um montante acima de 10% e apenas 8% dos participantes afirmam que não investem financeiramente na busca pela excelência.

O estudo mostra também que 93% das entrevistadas se preocupam com a busca pela excelência da gestão e praticamente todas as organizações (99%) acreditam que investir e aperfeiçoar a administração do negócio contribui para o aumento da sua competitividade. Considerando os mais diversos aspectos do negócio, as maiores preocupações das empresas são, respectivamente: melhores resultados, relacionamento com cliente e gestão de pessoas.

Ainda de acordo com o levantamento, 88% das organizações dizem que têm investido recursos não financeiros para melhorar sua gestão, como, por exemplo, políticas para capacitar e motivar colaboradores, ações socioambientais e programas de ouvidoria e fidelização de clientes.

Além disso, os participantes consideraram que os três setores da economia que mais investem e se preocupam com a excelência da gestão são, na ordem, automobilístico, energia elétrica e químico e petroquímico.

Para o superintendente-geral da FNQ, Jairo Martins, os resultados da pesquisa apontam que, pouco a pouco, tem aumentado a preocupação das empresas brasileiras em disseminar internamente a cultura da boa gestão. “Ambientes altamente competitivos, pressão para redução de custos, questões socioambientais, o crescimento da economia, a mitigação dos efeitos da crise financeira mundial e o surgimento de novas oportunidades de negócios, como o pré-sal, são fatores que têm desafiado empresas de diversos segmentos e regiões a buscar a excelência da gestão”, conclui.

Transcrito do Portal Varejo. http://www.portalvarejo.com.br/noticias/empresas-usam-ate-2-do-faturamento-para-gestao-3093.html

Comunicação empresarial não é coisa só de gente grande

Por Marília Cardoso

Um dos maiores equívocos cometidos pelos pequenos e médios empresários é o de achar que comunicação é algo apenas para grandes empresas. Ledo engano. Ter uma sólida estrutura de comunicação empresarial é algo tão vital quanto a qualidade dos produtos ou serviços que a empresa oferece.

São muitos os motivos pelos quais a comunicação tem se tornado tão estratégica e fundamental para as empresas. Talvez os mais significantes sejam a revolução causada pelos avanços em tecnologia e em telecomunicações.

Primeiramente, a disseminação da tecnologia tem feito com que produtos e serviços tenham se tornado praticamentecommodities. Ter maquinários de última geração capazes de criar produtos inovadores e que não sejam facilmente copiáveis deixou de ser uma exclusividade das grandes corporações. Eis uma das vertentes da globalização.

Paralelamente, as transformações originadas pela internet fizeram com que o poder mudasse de lado. Se antes estava com as empresas, agora está com o consumidor, que em questão de alguns cliques consegue compartilhar suas experiências positivas ou negativas com as marcas para milhões de usuários da rede em todas as partes do mundo.

Então, como sobreviver neste cenário? Investindo em comunicação empresarial! Não há outra saída. As chamadas empresas low profile – ou adeptas da política do “nada a declarar” – se ainda não morreram, devem estar agonizando. Na era da informação não haverá espaços para quem não estiver disposto a ser comunicar (e muito bem).

Assim, jornalistas, relações públicas e demais profissionais de comunicação estão cativando uma cadeira ao lado dos CEOs, ajudando-os a enxergar e agir neste novo contexto, onde o que vale não é a qualidade ou o preço, e sim a credibilidade conquistada por meio de um relacionamento sólido e transparente.

Cabe a estes profissionais desenvolver um complexo conjunto de ações e processos capazes de reforçar a imagem de uma empresa ou entidade diante de seus públicos, indo de colaboradores a clientes, passando por fornecedores, representantes comerciais, imprensa, associações, ONGs, formadores de opinião, órgãos governamentais, universidades, acionistas, etc.

Por tratar-se de tantos e tão diversos públicos, a comunicação empresarial vai se desdobrando em “sub” áreas, a fim de se focar estrategicamente nas melhores práticas para o diálogo com cada um dos interlocutores de uma organização. A importância dada a cada público depende do ponto de vista de cada uma.

Independentemente do tamanho da empresa, o primordial é cuidar do público interno. Se os colaboradores da companhia não se sentem motivados e valorizados, certamente apresentarão pouco rendimento e estarão atentos às oportunidades que surgirem no mercado. Para garantir um clima organizacional favorável, a comunicação interna ou o endomarketing, assumem características fundamentais.

Também não se pode esquecer a importância de um projeto de branding. Toda empresa deve ter um nome, logomarca, materiais institucionais, catálogos de produtos ou serviços e, logicamente, um bom site, que deve ser de fácil navegação, bonito e informativo.

Com a “casa” em ordem é hora de começar a se posicionar perante os meios de comunicação em massa – seja para lançar campanhas publicitárias ou fornecer conteúdos relevantes para o editorial dos veículos por meio de uma boa assessoria de imprensa. Mesmo com linguagens e estratégias bastante diferentes, ambas terão como missão central o aumento da visibilidade da marca.

Dados estes três importantes passos, cabe a cada empresa definir que caminho seguir. As ferramentas são muitas e variadas, cabe apenas saber onde se quer chegar – pois para quem não sabe isso exatamente, qualquer lugar serve. E lembre-se sempre que esta é uma estrada sem volta. Percorrê-la é essencial para o bom desempenho de sua empresa. Boa caminhada!

Transcrito da Revsta CIRCUITO, Caderno MARKETING. http://www2.uol.com.br/circuito/cadernos/marketing.htm

Importância do BACKUP externo

 

Tem ocorrido com frequência suporte para recuperação de arquivos em disco danificado instalados no servidor. Em alguns casos se tornam irrecuperáveis e o prejuízo da perda das informações é maior que a aquisição de um HD externo. Então, estamos alertando e orientando para a implantação de um processo de cópia periódica dos arquivos do banco de dados do sistema RAD em HD externo e processo de prevenção e controle de desastres. Para maiores detalhes a RAD indica a empresa CABUS Tecnologia por ser especialista nesta área e possuir a representação de um centro de dados (Data Center) para armazenamento de backups via internet. A contratação ou não deste serviço é direta do cliente com a CABUS. A RAD não tem nenhuma participação. E a implantação e execução da rotina de backup e garantia da segurança das informações da empresa é de sua exclusiva responsabilidade. Uma vez que a legislação determina que a empresa armazene suas informações por um período mínimo de cinco (5) anos.

Para auxiliar você a nossa equipe de consultores elaborou uma pequena lista a ser seguida antes de pensar em formatar o seu servidor:

  1. Como está o seu servidor? (Trava à todo momento/Lento/Normal)
  2. Você já fez alguma ação preventiva? (Varredura com o antivírus/Limpeza de Disco/Desfragmentação de Disco)
  3. Os backups estão sendo feitos diariamente?
  4. Os backups estão sendo salvo em um local seguro? (HD externo/Data center)
  5. Já comunicou ao seu consultor ou técnico sobre o problema?

Para a segurança dos dados de sua empresa, antes de formatar seu servidor entre e contato com seu técnico de confiança ou seu consulto na RADinfo e informe sobre seu dados. Somente dessa maneira você terá um diagnostico melhor do seu servidor.